O município de Divina Pastora remonta sua história bem antes do século XVIII, tendo surgido do alto de uma colina, do então conhecido povoado “Ladeira”. Teve sua primeira sede, a capela de São Gonçalo, que por motivo de ruína passou à Capela de Jesus, Maria e José, do Pé do Banco (Siriri), a qual, pelo mesmo motivo, voltou a sede primitiva, sendo esta última mudança determinada por Decreto de D. João VI em 1813.
Por volta de 1781, estando os religiosos capuchinhos italianos em missões populares nos sertões da Bahia e Sergipe, deram início à difusão da religião católica, para o conforto espiritual, atingindo larga extensão a palavra missionária. Portanto, entre canaviais, a antiga “Ladeira” acolheu os missionários bem como, a Virgem Pastora trazida por eles em outubro de 1782, legando-nos o alegre espírito religioso pastoril, tradição da Península Ibérica.
Acredita-se que o município de Divina Pastora, a 39 quilômetros de Aracaju, nasceu de um dos 400 currais de gado existentes em Sergipe na época da invasão holandesa. A plantação de cana-de-açúcar, que mantinha a pecuária e prevalecia na povoação, tempos depois deu lugar à cultura da cana-de-açúcar. Mas aos poucos os engenhos, que alavancaram a economia local e asseguravam emprego para os moradores, foram se fechando e deixando a população em situação difícil.
Não há registro do tempo exato em que a povoação Ladeira, nome dado inicialmente ao município de Divina Pastora, começou a se formar, mas há fatos que podem indicar uma data aproximada. Há indícios de que o Povoado Ladeira, na época do seu surgimento, pertencia à vila mais antiga da Região Cotinguiba, Santo Amaro das Brotas e quando o vigário Manoel Carneiro de Sá tomou posse da paróquia de Pé do Banco (atual município de Siriri), em 18 de fevereiro de 1700, a freguesia de Ladeira já existia.
A evolução administrativa propriamente dita da povoação Ladeira começou com sua independência política. Isto ocorreu quando seu território foi elevado à categoria de vila, por força da Lei Provincial de 12 de março de 1836, com denominação de Vila de Divina Pastora, desanexada do município de Maruim. Passado quase meio século do apogeu do ciclo da cana-de-açúcar e da pecuária, Divina Pastora foi elevada à categoria de cidade, de conformidade com a Lei Estadual nº. 150, de 15 de novembro de 1938.